6 de out. de 2013

Campos conduz Marina aos braços de Caiado

Eduardo Campos conduz Marina Silva para os braços de Ronaldo Caiado e Jorge Bornhausen
Ronaldo Caiado (DEM-GO) em evento de PSB
de Goiás vestiu a camisa de Eduardo Campos (PSB).
Agora Marina Silva (PSB) dividirá o palanque com um
dos maiores algozes do Código Florestal.
O ingresso de Marina Silva na frente de reacionários com ressentidos antilulistas que está virando o PSB, a coloca no mesmo palanque do pré-candidato a governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), da bancada ruralista que mais estragos ambientais fez no código florestal. Caiado, já declarou seu apoio incondicional a Campos e já organiza a pré-campanha em Goiás.
Também a coloca no mesmo palanque de Jorge Bornhausen, "novo" cacique do PSB em Santa Catarina, e no palanque do ex-DEM Heráclito Fortes, também novo integrante do PSB no Piauí, além de várias outras filiações demotucanas exóticas para um partido que nasceu de esquerda.

Campos estaria sendo esperto e Marina "inocente"? A primeira afirmação é verdadeira, mas a segunda não. Marina sabe o que faz, por mais que pareça pouco compreensível abrir mão de sua candidatura presidencial quando aparece em todas as pesquisas bem na frente de Campos.
Quando ela manda às favas os escrúpulos para subir no mesmo palanque e se engajar, quer queira, quer não, nos projetos de Caiado e Bornhausen, Marina está mantendo compromissos assumidos que envolvem dinheiro para campanha anti-Dilma e anti-Lula, cargos eletivos para a Rede, apoios bilionários do Itaú e da Natura, espaços generosos e favoráveis no noticiário do PIG (Partido da Imprensa Golpista).

Marina prometeu a deputados que a seguiam que entregariam o partido Rede Sustentabilidade a tempo. Não entregou porque demorou demais a começar a criação do partido e perdeu o prazo. Esses deputados ficaram sem ter onde ficar, nem ter para onde ir tentar a reeleição. Se fossem para um partido nanico como o PEN teriam dificuldade em atingir o quociente eleitoral e também em conseguir financiamento de campanha. Se ficassem onde estão ou fossem o PPS, ficariam presos à fidelidade partidária e perderiam o mandato, caso depois quisessem ir para o partido Rede, inviabilizando o crescimento do novo partido. 
O PSB ofereceu legenda para eles se candidatarem e prometeu não cassar seus mandatos por infidelidade partidária depois de eleitos quando mudassem para o partido Rede. 
No PSB é mais fácil um deputado ser eleito, pois já tem tamanho para atingir o quociente eleitoral em todos os estados. Conta também com esquemas de financiamento de campanha já estruturados, porque já tem máquina partidária com governos estaduais, prefeitos, um pré-candidato como Eduardo Campos que se oferece para representar o poder econômico e midiático se chegar ao governo. 

Foi esse pragmatismo de preservar cargos eletivos e o partido Rede nascer como uma bancada, com fundo partidário e tempo de TV, que levou Marina ao PSB, de Jorge Bornhausen e com apoio de Ronaldo Caiado.
Os pragmáticos com gabinetes em Brasília e nos estados venceram os sonháticos sem mandato.

fonte http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/

Nenhum comentário: