30 de dez. de 2014

A origem das frutas do Brasil

Muitas frutas que conhecemos não são nativas das terras tupiniquins, a maioria delas são de origem de várias partes do mundo.

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

As mesas das festas de final de ano costumam ser decoradas, em sua maioria, por arranjos feitos com frutas da época. Muitas dessas frutas foram trazidas para o Brasil na época da colonização e incorporadas ao nosso cardápio.

Algumas lendas também cercam algumas delas, como é o caso da manga. Originária do Sul da Ásia a manga, por muito tempo, foi tida como mortal se consumida com leite. Atribuísse a essa crença o fato de que, para desestimular os escravos a consumi-la nas plantações, o senhores de engenho espalharam a norícia de que manga com leite mata, uma vez que a alimentação básica dos escravos era composta por um mingau de leite com fubá ou farinha de milho.

Separamos alguns exemplos de frutas brasileiras e estrangeiras:


Manga

A manga é considerada uma das frutas mais delicadas e a rainha das espécies tropicais, sendo até citada nas escrituras budistas. É uma fruta suculenta, de sabor muito exótico, está presente em diversas regiões do mundo. A manga é fruto da mangueira que se desenvolve em condições de clima subtropical.

Planta originária do Sul da Ásia, atualmente é cultivada em praticamente todos os países de clima tropical e subtropical. A mangueira pode atingir entre 35 e 40 metros de altura. A fruta tem tamanho e formato variado, sua coloração pode variar em amarelo, laranja e vermelho. 

Quando madura, sua cor tende a ser amarelada, porém pode ocorrer da fruta estar madura, mas com coloração verde. A fruta pode ser degustada in natura, pois é rica em vitaminas, minerais e antioxidantes. Por conter uma grande quantidade de ferro é bastante indicada para tratamentos de anemia. É uma das frutas mais consumidas em todo o mundo. É contabilizado hoje um número entre 500 e 1000 variedades existentes.

Atualmente as variedades mais cultivadas no Brasil são:
Alphonso
• Bourbon
• Carlota
• Coração de Boi
• Espada
• Golden Nuggets
• Haden
• Keitt
• Kent
• Rosa
• Rubi
• Sebsation
• Tommy Atkins
A mangaba é o fruto da mangabeira


Mangaba

A mangaba é o fruto da mangabeira, árvore que pode atingir cerca de sete metros de altura. Seu látex é utilizado na fabricação de uma borracha de cor rosada. É uma planta de clima tropical, nativa do Brasil, sendo muito comum nos estados do Nordeste, nas vegetações abertas como cerrado e caatinga. Começa a frutificar a partir dos três anos de idade.

A palavra mangaba é de origem tupi guarani, que significa “coisa boa de comer”.

A mangaba é de cor amarelada, formato arredondado e pode chegar a 6 cm. Possui cheiro forte, polpa branca e gosto bem doce. Por ser muito perecível é mais utilizada na preparação de sorvete e suco. É muito rica em ferro e vitamina C. A fruta verde é venenosa e imprópria para o consumo, causando intoxicações que podem levar à morte.

Maçã
A maçã é o pseudofruto pomáceo da macieira, árvore da família Rosaceae. É um dos pseudofrutos de árvore mais cultivados, e o mais conhecido dos muitos membros do gênero Malus que são usados ​​pelos seres humanos. As maçãs crescem em pequenas árvores, de folha caducifólia que florescem na Primavera e produzem fruto no Outono. A árvore é originária da Ásia Ocidental, onde o seu ancestral selvagem, Malus sieversii, ainda é encontrado atualmente. 

As maçãs têm sido cultivadas há milhares de anos na Ásia e Europa, tendo sido trazidas para a América do Norte pelos colonizadores europeus. As maçãs têm estado presentes na mitologia e religiões de muitas culturas, incluindo as tradições nórdica, grega e cristã. Em 2010, o genoma da fruta foi descodificado, levando a uma nova compreensão no controle de doenças e na reprodução seletiva durante a produção da maçã.

Existem mais de 7.500 plantações conhecidas de maçãs, resultando numa gama de características desejadas.

Marmelo
O marmeleiro (Cydonia oblonga), é uma pequena árvore, único membro do gênero Cydonia, da família Rosaceae, cujos frutos são chamados marmelos. É originário das regiões mais amenas da Ásia Menor e Sudeste da Europa. Também é conhecido pelos nomes de marmeleiro-da-europa, marmelo e pereira-do-japão.

Em Portugal é um fruto que não é normalmente consumido cru, mas cozido, geralmente fazendo-se marmelada. Também se consome assado. No Brasil, é consumido quase que exclusivamente na forma industrializada, para produção de marmelada, e os frutos, tendo em vista a pequena produção local para a indústria, são importados do Uruguai e Argentina. Mas, atualmente a Capital do Doce de Marmelo quase artesanal é em São João do Paraíso (Minas Gerais), o doce já sai fabricado de São João do Paraíso "artesanalmente".

As sementes podem ser utilizadas como antidiarréico. Do marmeleiro também se extrai a vara de marmelo, instrumento de punição bastante usado no passado, e ainda em uso em algumas localidades.
Acredita-se que os primeiros marmeleiros plantados no Brasil tenham sido trazidos por Martim Afonso de Sousa na sua viagem de 1530. 

Os marmeleiros teriam se habituado muito bem ao clima da Capitania de São Vicente, principalmente a Serra da Mantiqueira, onde teria se tornado uma cultura subespontânea. No século XX, chegou a ser uma cultura importante, principalmente na década de 1930, quando a marmelada chegou a ser o doce industrializado mais consumido no País. Atualmente a capital do Doce de Marmelo tradicional é em São João do Paraíso (Minas Gerais).
O pequi, fruto do pequizeiro

Pequi
O pequi, fruto do pequizeiro, é nativo do cerrado brasileiro. É muito utilizado na culinária da região Nordeste, Centro Oeste e norte de Minas Gerais. De sabor marcante e peculiar, o pequi é consumido cozido, puro ou misturado com arroz, frango. Da polpa pode se extrair também o azeite de pequi, um óleo usado para condimento e na fabricação de licores. Na língua indígena, pequi significa “casca espinhenta”.

De cor verde, quando maduro, possui em seu interior um caroço revestido por uma polpa macia e amarela, a parte comestível. O pequi pertence à família das cariocáceas, pode ser encontrado em toda a região Centro Oeste (considerada a capital da fruta), nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará, visto que somente em Goiás podem ser encontradas todas as espécies. A frutificação ocorre entre os meses de setembro e fevereiro.

O pequi faz parte da culinária goiana há séculos, desde o início do século XVIII, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa (cidade de Goiás). Por ser rico em óleo insaturado, vitaminas A, C e E; fósforo, potássio, magnésio e carotenóides; sua ingestão previne tumores, problemas cardiovasculares e evitam a formação de radicais livres.

O consumo do pequi requer cuidado, em razão dos inúmeros e minúsculos espinhos encontrados debaixo da polpa. Assim, é indicado que se roa o caroço, lentamente, ao invés de mordê-lo.

Informação importante: uma unidade de pequi (aproximadamente 50g) possui 40 calorias.

Morango
Morango (Fragaria) é considerado, na linguagem vulgar, como o fruto vermelho do morangueiro, da família das rosáceas. No entanto, em termos científicos não se pode considerar um fruto já que é constituído pelo receptáculo da flor original (composta), em volta do qual se dispõem os frutos (as sementes são visíveis sob a forma de grainhas).

O morango jardim foi criado pela primeira vez na Bretanha, no noroeste da França, na década de 1750 por meio de um cruzamento de Fragaria virginiana do leste da América do Norte com a variedade Fragaria chiloensis, que fora trazida do Chile por Amédée-François Frézier em 1714.

Tecnicamente, o morango é um fruto acessório agregado, o que significa que a parte carnuda deriva não do ovário da planta, mas da receptáculo que sustenta os ovários.

Uva
A videira, vinha ou parreira é uma trepadeira da família das vitáceas, com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. 

Originária da Ásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica.

O cultivo da uva começou cerca de 6.000 a 8.000 anos atrás, no Oriente Médio. A levedura, um dos primeiros microorganismos conhecidos pelo homem, ocorre naturalmente na casca das uvas, levando a produção de bebidas alcoólicas, como o vinho. 

Os primeiros vestígios de vinho tinto são vistos na Armênia antiga, onde foi encontrada a adega mais antiga do mundo, datando de cerca de 4.000 a.C.. Por volta do Século IX, a cidade de Shiraz era conhecido por produzir um dos melhores vinhos do Oriente Médio. Assim, tem sido proposto que o nome do vinho tinto de Syrah possui origens em Shiraz, uma cidade na Pérsia, onde a uva foi usada para fazer vinho Shirazi. Hieróglifos no Antigo Egito recordam o cultivo de uvas, e a história atesta também que povos antigos da Grécia, Fenícia e Roma também cultivavam uvas para a alimentação e produção de vinho. 

Mais tarde, o cultivo de uvas se espalhou pela Europa, norte da África e, finalmente, América do Norte. Uvas pertencentes ao gênero Vitis proliferaram naturalmente nas selvas da América do Norte, e foram parte da dieta de muitos nativos americanos, mas foram considerados pelos colonizadores europeus como impróprio para a produção de vinho.

No Brasil o cultivo da videira começou em 1535, na Capitania de São Vicente trazida pelos portugueses.

A imigração italiana em São Paulo e na Região Sul do Brasil no final do século XIX deu um grande impulso à cultura. O consumidor pode saborear uva o ano todo. Uma pesquisa sobre os hábitos de compra do consumidor de uva feita pela equipe do CQH da CEAGESP mostrou que os consumidores procuram a uva nas gôndolas e que a doçura da baga é a característica determinante da compra.

São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia são grandes produtores. As melhores épocas de produção variam com as características climáticas de cada região.

No Entreposto Terminal de São Paulo da CEAGESP predominam as uvas originárias do estado de São Paulo das regiões de Botucatu, Campinas, Itapetininga e Sorocaba, no período de novembro a março, e de Dracena e Jales de julho a novembro. O Estado do Paraná é o maior fornecedor nacional de julho a novembro, uma janela de mercado onde entram poucos fornecedores. O Nordeste do Brasil concentra a sua oferta de agosto a dezembro.

A uva é uma das frutas mais exportadas e também uma das mais importadas pelo Brasil. Uvas chilenas, americanas, argentinas tem no Brasil um mercado cada vez maior. A Câmara Setorial de Frutas, órgão da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo apresenta as normas de Classificação da Uva

Tangerina
A tangerina (Citrus reticulata), também laranja-mimosa, mandarina, fuxiqueira, poncã, laranja-cravo, mimosa, vergamota, clementina, bergamota ou mexerica, é uma fruta cítrica de cor alaranjada e sabor adocicado. Parece ser uma antiga espécie selvagem, nativa da Ásia (Índia, China e países vizinhos de climas subtropical e tropical úmido).

"Tangerina" vem de "laranja tangerina", isto é, "laranja de Tânger". "Bergamota" e "vergamota" vêm do turco beg armudi, "pera do príncipe", através do italiano bergamotta ou do francês bergamotte. "Mandarina" vem do castelhano mandarina.

Maracujá
Maracujá (do tupi mara kuya, "fruto que se serve" ou "alimento na cuia") é um fruto produzido pelas plantas do género Passiflora (essencialmente da espécie Passiflora edulis) da família Passifloraceae. O nome da árvore é também conhecido como Maracujazeiro.

Também conhecida como sacra-fruta foi por muito tempo tida como uma divinidade pelas civilizações pré-colombianas do interior mineiro.Sua nêmesis seria a manga,fruta tida como raiz de todo o mal e egoismo

É espontâneo nas zonas tropicais e subtropicais da América.

Cultivada também pela sua flor ornamental (tal como as outras espécies do mesmo gênero botânico), a Passiflora edulis é cultivada com fins comerciais, devido ao fruto, no Caribe, no sul da Florida e no Brasil, que é o maior produtor - e também consumidor - mundial de maracujá. O maracujá de uso comercial é redondo ou ovóide, amarelo ou púrpura-escuro quando está maduro, e tem uma grande quantidade de sementes no seu interior.

O fruto é utilizado especialmente para produzir suco ou polpa de maracujá, às vezes misturada a suco de outros frutos, como a laranja. É popularmente conhecido como a fruta da tranquilidade.

A flor do maracujá é polinizada principalmente por um inseto conhecido como mamangava.

Ananás ou abacaxi 
É uma fruta tropical produzida pela planta de mesmo nome, caracterizada como uma planta monocotiledônea da família das bromeliáceas, da subfamília Bromelioideae. É um símbolo das regiões tropicais e subtropicais.

Os abacaxizeiros cultivados pertencem à espécie Ananas comosus, que compreende muitas variedades frutíferas. Há também várias espécies selvagens, pertencentes ao mesmo gênero. O fruto, quando maduro, tem o sabor bastante ácido e, muitas vezes, adocicado.

O Havaí produz mais de cinco toneladas de abacaxi por ano. Austrália, Inglaterra, México, Cuba e os países americanos também o cultivam em larga escala.

O termo "abacaxi" é oriundo da junção dos termos tupis i'bá (fruto) e ká'ti (recendente, que exala cheiro agradável e intenso), documentado já no início do séc. XIX.

O termo "ananás" (em português e espanhol) é do guarani e tupi antigo naná, e documentado em português na primeira metade do séc. XVI e em espanhol na segunda (1578), sendo empréstimo do português do Brasil ou da sua língua geral.

O abacaxi é um fruto-símbolo de regiões tropicais e subtropicais, de grande aceitação em todo o mundo, quer ao natural, quer industrializado: agrada aos olhos, ao paladar e ao olfato. Por essas razões e por ter uma "coroa", cabe-lhe, por vezes, o cognome de "rei dos frutos", que lhe foi dado, logo após seu descobrimento, pelos portugueses.

Na linguagem corrente do Brasil, tal como em Angola, costuma-se designar por "ananás" os frutos de plantas não cultivadas, de variedades menos conhecidas ou de qualidade inferior. Por sua vez, a palavra "abacaxi" costuma ser empregada não apenas para designar o fruto de melhor qualidade, mas a própria planta que o produz.

Na gíria brasileira, "abacaxi" significa "algo que não dá bom resultado, coisa embrulhada ou que não presta". Este fato provavelmente se deve a seu visual espinhoso e ressequido, bem como à dificuldade para descascá-lo sem se ferir com suas farpas, presentes tanto na "coroa" quanto na própria casca. "Descascar o abacaxi", uma extensão da mesma gíria, significa "resolver um problema difícil".

O abacaxi já era cultivado pelos indígenas em extensas regiões do Novo Mundo, antes do seu descobrimento pelos europeus. Origina-se da América tropical e subtropical (da região centro-sul do Brasil, nordeste da Argentina e Paraguai).

Acredita-se que os nativos do sul do Brasil e Paraguai disseminaram o abacaxi na América do Sul e eventualmente, acabou por alcançar o Caribe, a América Central e o México. Sendo que em 4 de novembro de 1493, Colombo e seus marinheiros descobriram o abacaxizeiro em Guadalupe, nas Pequenas Antilhas, promovendo, a partir deste momento, sua disseminação pelo mundo e tornando-o uma das infrutescências mais apreciadas no globo.

Os espanhóis introduziram a planta nas Filipinas, Havaí, Zimbabwe e Guam. Os portugueses introduziram a fruta na India em 1550. A planta foi levada para Europa pelos Holandeses, sendo que o primeiro europeu a conseguir plantá-la no continente utilizando estufas foi Pieter de la Court em Meerburg em 1658. Dado as dificuldades de importação na época, e os proibitivos custos de equipamento e mão de obra necessários para plantar o abacaxi em climas temperados, a fruta virou um simbolo de ostentação. Eles chegaram a ser usados em jantares apenas como enfeites, e reutilizados continuamente, até apodrecer.

Caju
O caju é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro (Anacardium occidentale) quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto.

O que entendemos popularmente como "caju" se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho.

Na língua tupi, acaiu (caju) significa noz que se produz.

Na tradição oral sabe-se que acayu ou aca-iu refere-se a ano, uma vez que os indígenas contavam a idade a cada floração e safra.

O caju, o pseudofruto, é suculento e rico em vitamina C e ferro. Depois do beneficiamento do caju, preparam-se sucos, mel, doces, como cajuada, caju passas, rapadura de caju. Como seu suco fermenta rapidamente, pode ser destilado para produzir uma aguardente o cauim. Dele também são fabricadas bebidas não alcoólicas, como a cajuína.

Muito antes do descobrimento do Brasil e antes da chegada dos portugueses, o caju já era alimento básico das populações autóctones. Por exemplo: os tremembé já fermentavam o suco do caju, o mocororó, que era e é bebido na cerimônia do Torém.

Existe uma variedade enorme de pratos feitos com o caju e com a castanha de caju.

De suas fibras (resíduo/bagaço), ricas em aminoácidos e vitaminas, misturadas com temperos, é feita a "carne de caju".

O fruto propriamente dito é duro e oleaginoso, mais conhecido como "castanha de caju", cuja semente é consumida depois do fruto ser assado, para remover a casca, ao natural, salgado ou assado com açúcar.

A extração da amêndoa da castanha de caju depois de seca, é um processo que exige tempo, método e mão-de-obra.

O método de extração da amêndoa da castanha de caju utilizado pelos indígenas era a sua torragem direta no fogo, para eliminar o "Líquido da Castanha de Caju" ou LCC; depois do esfriamento a quebra da casca para a retirar a amêndoa.

Com a industrialização este método possui mais etapas: lavagem e umidificação, cozimento, esfriamento, ruptura da casca, estufamento.

A amêndoa da castanha de caju é rica em fibras, proteínas, minerais (magnésio, ferro, cobre e zinco), vitamina K, vitamina PP, complexo B (menos a vitamina B12), carboidratos, fósforo, sódio e vários tipos de aminoácidos.

No entanto, a castanha de caju não possui quantidades relevantes de vitamina A, vitamina D e cálcio.

Acredita-se que a castanha do caju contribua no combate às doenças cardíacas. A castanha-de-caju ainda verde (maturi) também pode ser usada nos pratos quentes.

A castanha possui uma casca dupla contendo a toxina Urushiol (também encontrada na hera venenosa), um alergênico que irrita a pele. Por isso a castanha deve ter sua casca removida através de um processo que causa dolorosas rachaduras nas mãos. A castanha também possui ácido anacárdico, potente contra bactérias gram-positivas como Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans, que provoca cáries dentárias.

O "Líquido da Castanha de Caju" ou LCC, depois de beneficiado é utilizado em resinas; materiais de fricção; em lonas de freio e o outros produtos derivados; vernizes; detergentes industriais; inseticidas; fungicidas e até biodiesel.

Pitanga
A pitanga é o fruto da pitangueira, árvore de origem brasileira, nativa da Mata Atlântica. Mede de 2 cm a 3 cm de diâmetro. Tem sabor agridoce, polpa aquosa, rosada e perfumada. A casca costuma ser branca, alaranjada ou vermelho-escuro.

A palavra “pitanga” vem do tupi-guarani, que significa vermelho.

A pitangueira é usada como árvore ornamental em várias cidades brasileiras. Frutifica de outubro a janeiro. Um dos principais produtores da fruta é o estado de Pernambuco.

A pitanga é arredondada, achatada nas extremidades. Contém vitaminas A, C, do complexo B, cálcio, ferro, fósforo. A coloração vermelha da fruta deve-se à presença de licopeno, antioxidante eficaz no combate ao câncer.

Pode ser consumida ao natural, em sucos, sorvetes, geléias, vinhos, licores e doces.

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