14 de abr. de 2017

O mar de lama e o futuro do Brasil

Editorial do Blog do Arretadinho

As revelações dos delatores da Lava Jato sobre as propinas pagas a políticos brasileiros e o futuro do país

Por Joaquim Dantas

A imprensa golpista está nadando de braçada depois que o STF liberou a divulgação dos vídeos e áudios, com as declarações dos delatores da Odebrecht; sobre os pagamentos de propinas a dezenas de políticos brasileiros e embora essa mesma imprensa tente evidenciar os nomes do ex=presidente Lula e da ex-presidenta Dilma, percebe-se claramente  uma certa euforia até ao noticiar o envolvimento nesse mar de lama de nomes como o de Aécio Neves.

Percebe=se também que nesse mundo das articulações políticas nunca existiram santos, desde a colonização do Brasil, entretanto, evidencia-se esta constatação mais acentuada e desavergonhadamente nos últimos 30 anos de maracutais e troca de favores e dinheiro.

Não adianta manter o discurso simplório de que há necessidade de mudar o sistema político brasileiro para resolver o problema, pode amenizar, mais não resolve porque só existem políticos corruptos não só porque existem corruptores, mas porque existe uma nação corrupta e doente.

Temo pelo futuro de nossa pátria em função de como as coisas estão sendo feitas, atropeladamente, sem levar em consideração a total incapacidade da maior parte da população de avaliar com clareza todo o contexto.

O judiciário e a mídia estão outorgando, de forma generalizada, ao povo brasileiro a incapacidade de escolher dirigentes honestos, dando a entender a esta parcela da população de que todo político é ladrão e, com essa outorga, estão colocando o país, nossas riquezas e o próprio povo, na mesa do capital financeiro internacional, para que nos devore sem ao menos nos dar a chance de decifrá-lo.

Com o golpe parlamentar e midiático contra a presidenta Dilma, eu tinha certeza que o pior ainda estava por vir, enganei´me, o que os golpistas fizeram foi abrir as portas do inferno para o nosso país enquanto, atônitos, nos perguntamos: e agora José?

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